Muito boa explicação. O ideal é trocar o fluído pelo menos uma vez por ano. Procure não misturar o fluído velho com o novo.
olhe a materia abaixo:
Ele é um dos itens de segurança mais importantes em um veículo, mas poucas pessoas se lembram dele: o fluído de freio. Ele é o responsável por transmitir a força do pedal até as rodas. Por isso, deve receber atenção máxima. Mecânicos e especialistas no assunto afirmam que ele deve ser trocado a cada 10 mil quilômetros rodados ou a cada ano. Além disso, é importante verificar regularmente o nível no reservatório. O fluido é higroscópico, ou seja, ele absorve a umidade do ambiente. Além disso, ele é biodegradável, se misturando facilmente à água. Por isso, independentemente da quilometragem, é preciso substituí-lo a cada um ano. A água prejudica o sistema de frenagem e forma bolhas na tubulação dos freios.
De acordo com Edi Carlos Duenas, técnico de uma empresa especializada em serviços automotivos, a própria umidade do ar causa perda de viscosidade do fluído. “Se o material se tornar menos viscoso, será mais fácil se aquecer. Com esse aquecimento, o freio pode não funcionar”, alerta. Carlos Duenas deu um exemplo do que pode acontecer se você estiver descendo uma serra, situação onde o freio é muito solicitado. “Com a utilização freqüente do freio, o atrito constante faz com que a pastilha e o disco se aqueçam, e conseqüentemente, também o fluído de freio. Se este entrar em ponto de fervura, ele irá gerar bolhas de ar que causam perda momentânea da pressão do pedal de freio”, explica o técnico. O grande problema do sistema do fluído é a absorção de umidade que pode começar a corroer o sistema de freio e ao baixar a temperatura que entra em ebulição pode comprometer a segurança. Quando o fluído apresenta mais de 3% de umidade, o sistema pode não funcionar. Por isso, fique atento e faça revisões periódicas.
Outros problemas
Diferentemente do óleo do motor, o fluído do freio não sofre consumo. Se tudo estiver bem, o nível do reservatório estará sempre constante. Mas fique alerta se ocorrer baixa no nível, pois isso pode ser um vazamento embaixo do cofre do motor ou nas rodas. Evite completar o reservatório. O ideal é esgotar o sistema hidráulico e trocar o fluído. Caso não haja vazamento, o problema pode ser outro. A baixa no fluído pode indicar que as pastilhas de freio estão gastas, puxando o líquido para compensar a diferença. Verifique periodicamente o estado das pastilhas. Caso estejam gastas, faça a substituição. “As pastilhas ou a lona traseira, gastam com o tempo e tudo isso influencia no bom funcionamento do sistema de freios”, explica o mecânico Nelson Siconi Júnior, que trabalha há 16 anos no ramo.
Segundo ele, quando as pastilhas ficam gastas o ferro vai encostando no disco, causando aquele barulho bem característico quando você freia. “Quando começa a aparecer esse barulho, está na hora de trocar as pastilhas”. Para trocá-las, gasta-se em média de R$ 12 a R$ 54. Siconi, que costuma fazer de uma a três trocas de fluído de freio por mês, garante que poucas pessoas sabem da importância desse item para a segurança do veículo. “Normalmente, as pessoas vêm aqui fazer a revisão do carro mas nunca para checar o fluído. Algumas me dizem que só completam o reservatório. Isso só mostra que elas não sabem da importância da manutenção dos freios para a segurança”, garante.
Tarefa exige conhecimento
A troca do fluído de freio não é simples. Ao contrário do que muitos podem pensar, o esse trabalho exige conhecimento técnico para que não entre ar no sistema, o que poderá tornar o freio ineficiente quando solicitado. Nas concessionárias, a orientação é de trocar conforme a recomendação do fabricante. Ou, como é feito normalmente, a cada 10 mil quilômetros rodados ou anualmente. Mas lembre-se: mecânicos e especialistas alertam para nunca completar o recipiente do fluído de freio. “Deve-se trocar todo o conteúdo e nunca completar”, alerta o mecânico Nelson Siconi Júnior. A troca do fluído sai por aproximadamente R$ 40 e demora de 40 minutos a uma hora. O serviço deve ser feito em oficinas mecânicas ou centros automotivos especializados, nunca em postos de combustíveis.
“Além da troca anual, a pessoa deve ficar atenta na hora de compra um carro usado. No momento da compra, leve o carro para trocar o fluído”, alerta o técnico de uma empresa especializada em ser-viços automotivos, Edi Carlos Duenas. Use sempre a especificação indicada pelo manual do proprietário. Na maioria das vezes é DOT3, mas também existem DOT4 e DOT5. Para fazer a troca, é necessário esgotar a mangueira principal, abrir todos os sangradores localizados nas rodas, retirar todo o fluído de freio, pisar no freio e limpar à vácuo o recipiente. Recomenda-se fazer a troca em um dia quente, sem muita umidade para não afetar a viscosidade do fluído.
http://www.diarioweb.com.br/editorial/corpo_noticia.asp?IdCategoria=62&IdNoticia=47165